Turismo em Teresina

A necessidade de viajar parece estar renascendo nas pessoas, pelas mais diversas razões. O Piauí é um desses destinos que muita gente vem escolhendo para conhecer, basicamente por conta desses três motivos: compras, eventos e natureza. O reflexo já pode ser sentido pela abertura de novos empreendimentos turísticos, pela construção de novos leitos, pelo aumento na ocupação hoteleira e pelos investimentos governamentais voltados para a melhoria das vias internas, do paisagismo e da informação.

Esse novo aspecto do desenvolvimento econômico e social de Teresina exige uma grande responsabilidade de empresários e dirigentes públicos. Os consumidores estão cada vez mais exigentes, deixando as empresas preocupadas com essa massa que gera os seus lucros. A EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo) juntou-se à ABIH e alterou, por exemplo, a sua matriz de classificação hoteleira, para nela incluir itens que elevem o padrão e a qualidade dos serviços prestados aos turistas. Hoje essa função está ligada ao Ministério do Turismo.

Hoje, é possível constatar que os teresinenses estão redirecionando as suas férias. No carnaval, os eventos estão garantindo a permanência do fluxo e atraindo turistas de regiões vizinhas, especialmente pela recuperação do carnaval de rua. Em períodos de baixa estação, mais propícios para o turismo de negócios e eventos, a cidade assiste a uma verdadeira maratona em busca de centros de convenções e auditórios.

Avaliando-se o fluxo de outros estados, o trecho que liga Belém a Fortaleza sempre foi de intensa movimentação rodoviária. Durante anos, turistas enfrentaram esse vai-e-vem em busca do sol alencarino ou do Círio de Nazaré. A cidade de Teresina, em meio a esse corredor que ainda movimenta um grande fluxo, servia de descanso para os que chegavam à noitinha e prosseguiam bem cedo da manhã. Uma rotina dessas, apesar de desafogar a hotelaria, não gerava muitos dividendos, e só contribuía para garantir a Teresina o estigma de “cidade do pernoite”.

Nem a falta de praias marítimas e do clima serrano foram capazes de evitar que Teresina fosse aos poucos descoberta pelo que de melhor possui: hospitalidade, vida noturna, boas opções de compras e espaço ideal para receber congressos e convenções. Há de se reconhecer que a cidade pouco se compara às movimentadas capitais nordestinas e seus estimulantes fluxos nacionais e internacionais, porque muito ainda há para ser feito.

Teresina não faz parte dos roteiros profissionais de turismo. A sua estrutura receptiva, embora em condições de competitividade com outras cidades vizinhas, não está na rota do turismo das grandes operadoras e das transportadoras turísticas rodoviárias. Falta uma política mais agressiva para incluir a cidade, e até o próprio Estado, nos pacotes profissionais, para induzir os empresários do setor a estabelecerem as suas tarifas e definirem o preço de um pacote a ser comercializado nos grandes centros emissores.

Pelo potencial de Teresina e pela excelente diversidade do produto turístico piauiense, o que há na verdade é a certeza de que em breve a realidade estará pronta para dar vida ao sonho dos que moram longe.

 

Fonte: piaui.com.br

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